Carros do INCRA Estão Virando Sucata
Quatorze veículos — entre F-1000, D-20, L-200 e Gols — estão virando sucata no estacionamento do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no Ceará, na Av. José Bastos. Segundo o órgão, a frota de veículo é renovada a cada ano.
Na última segunda-feira, quando a sede do Incra foi ocupada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), os carros passaram a servir de “cômodo” para os militantes, que estenderam colchonetes e/ou guardaram seus pertences pessoais nas carrocerias das caminhonetas.
Os veículos estão abandonados no estacionamento por falta de condições mecânicas de uso. O problema é que, aos poucos, a ferrugem e a falta de manutenção foram transformando uma rica frota em um amontoado de ferro-velho.
Doação ou leilão???
De acordo com o superintendente do Incra-CE, Ramon Amadeu de Freitas, há duas opções para o destino dos carros velhos: doação e leilão. Ele diz que esses veículos estão há mais de dois anos no estacionamento e ainda não puderam ser descartados pelo órgão devido à burocracia, que disciplina sobre as formas de alienação do patrimônio do órgão.
“Por lei, somente podemos nos desfazer do patrimônio sem uso se for doado ou se disposto a leilão. Essa é uma decisão que teremos que tomar em breve, até porque a cada momento os veículos ficam mais degradados”, acrescentou Ramon Amadeu.
A ferrugem toma conta da lataria de quase todos os 14 carros. Em alguns, faltam pneus ou outros acessórios. A direção do Incra descarta que peças tenham sido suprimidas por furtos. “Esse é um problema que não é exclusivo nosso. Isso acontece nas repartições públicas, porque há normas no descarte dos bens do patrimônio institucional”, disse.
No entanto, Ramon Amadeu ressalta que novos veículos têm sido repostos pelo governo Federal. Ele lembrou que carros tracionados, como as F-1000, L-200 e D-20, são os ideais para trafegarem na zona rural, onde o Incra exerce sua missão, quer na ajuda aos assentados, quer na política de construção de moradias e, até mesmo, de conhecimentos de terras, com fins de reforma agrária.
Fonte: DN
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