segunda-feira, 26 de abril de 2010

Viagem ao Exterior Pode Ficar 50% Mais Barata

Nova Regra Permitirá que Empresas Aéreas Diminuam Tarifas nos Vôos Internacionais


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Desde de 23 de abril, todas as companhias aéreas que voam do Brasil ao exterior podem cobrar a tarifa que quiserem, seguindo suas estratégias comerciais. O processo de liberação foi gradual, começou há quase um ano e hoje, pela legislação, as passagens aéreas ainda não podem custar menos de 20% da tarifa cheia, cujo valor é dado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Na prática, a nova regra pode reduzir em até 50% os preços das passagens durante a baixa temporada, segundo a Anac.

Antes do início da liberação, para voos para os Estados Unidos, por exemplo, as empresas tinham que cobrar, no mínimo, US$ 708 e, para França, US$ 869 em um bilhete de ida e volta. A exceção são voos para a América Latina, cujos valores das tarifas já estão livres desde 2008. Segundo especialistas, como a demanda por viagens aéreas está aquecida no País, a queda de preços não deve ser expressiva agora.

"O fim das tarifas mínimas cria oportunidade para preços mais baixos, mas não quer dizer que isso vai acontecer. Os descontos devem ser de até 10% por enquanto", analisa Respício Espírito Santo Júnior, professor da Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Mas a tendência é que a concorrência seja estimulada e os preços caiam mais. De acordo com o professor, o desconto pode ser maior em voos para os Estados Unidos. "Hoje seis companhias aéreas voam para os Estados Unidos. Para a Europa houve pelo menos três fusões recentemente e a concorrência diminuiu", diz.

As conexões, onde mais companhias, inclusive aéreas de baixo custo atuam, é uma alternativa, diz o professor de transporte aéreo Adalberto Febeliano. "Pode sair mais barato voar São Paulo-Lisboa-Paris do que São Paulo-Paris", afirma.

Luiz Henrique Teixeira, diretor comercial da Delta Airlines, diz que a medida promete intensificar a oscilação de preços. "Quem comprar com antecedência vai ter mais chance de fazer um bom negócio". Na TAM, por exemplo, os preços médios das passagens aéreas, em dólares, ficaram 7% menores no final do ano passado com relação aos valores do mesmo período de 2008. A companhia aérea cita como motivo a crise mundial, que obrigou as empresas a baixarem os preços para atrair público. Com a nova regra, as estratégias das companhias também podem mudar. "As empresas, em vez de encontrar meios de fazer promoções, do tipo sortear um carro, poderão dar descontos diretos nas passagens", explica Febeliano. "O consumidor também poderá encontrar mais promoções nos sites das empresas, não apenas nas agências de viagens", acrescenta o especialista em aviação da Bain & Company, André Castellini.


postado por FAGNER CRUZ

FONTE: Diário do Nordeste
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