segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Família de Jovem Assassinado em Martinópole Pede Justiça

Família de Jovem Assassinado em Martinópole Pede Justiça


[caption id="" align="aligncenter" width="362" caption="Raimundo Nonato Fontenele, irmão do jovem assassinado, busca na Justiça a punição para os acusados do crime. Segundo ele, dos três acusados do crime, apenas um está preso FOTO: TUNO VIEIRA"]Clique para Ampliar[/caption]

Quase dois meses depois de um crime que abalou a população da cidade de Martinópole (a 317Km de Fortaleza), a família da vítima ainda luta para que todos os implicados no caso sejam levados à Justiça. Dos três acusados, apenas um está preso e o inquérito instaurado e concluído pela Polícia Civil retornou à Delegacia de Camocim, a pedido do Ministério Público, para "novas diligências".


[caption id="" align="aligncenter" width="247" caption="Arthur Ferreira foi morto com um tiro no peito e outro na nuca em um bar, em Martinópole, no dia 6 de junho FOTO: REPRODUÇÃO"]Clique para Ampliar[/caption]

O crime teve como vítima Arthur Ferreira Viana Neto, 33 anos (Foto), filho do atual prefeito de Martinópole, Francisco Fontenele Viana. Depois de 30 dias de investigação e a tomada de depoimento de mais de uma dezena de testemunhas, o delegado-regional de Polícia Civil de Camocim, Airton José da Silva, indiciou no inquérito, como envolvidos no crime, Antônio Airton Moreira Passos, o irmão dele, Jonh Moreira Passos, o ´Jone´; e, ainda, Francisco Kilber Barros Braga.


Preso



Contudo, apenas o primeiro acusado foi denunciado pelo Ministério Público e teve a prisão preventiva decretada pelo juiz de Direito Henrique Jorge dos Santos Falcão.

Os familiares do jovem assassinado afirmam que a participação dos outros dois homens ficou clara nos depoimentos das testemunhas. Em seu relatório de inquérito, o delegado foi enfático ao afirmar que, "fica claro que Antônio Airton Moreira Passos executou a vítima com a colaboração de seu irmão Jonh Moreira Passos, vulgo ´Jone´, que, vendo Arthur moribundo no solo, perversamente lhe esmurrou. E Francisco Kilber Barros Braga lhe foi solidário e companheiro nos acontecimentos e na fuga".

Com vasta documentação, a família da vítima revela que o crime teria dado sequência a uma série de atos criminosos protagonizada pelos acusados do homicídio. A maioria, delitos de lesão corporal.

"Eles nos ameaçam há 10 anos. Tudo isso começou em 2000. Não temos dúvidas de que se tratou de um crime premeditado, um crime como motivos políticos", afirma Raimundo Nonato Linhares Fontenele, irmão da vítima. Ainda segundo ele, em 2008, o pai de Arthur sofreu um atentado no exato dia em que tomava posse no cargo de prefeito de Martinópole.

Desde então, a família do prefeito luta por justiça, já tendo registrado várias queixas diante das ameaças, assim como representações feitas com pedido de segurança à Polícia Civil.

"Há meses que eles diziam que iriam matar alguém da nossa família. Não queremos vingança. Tudo o que queremos é que seja feita justiça", afirma Raimundo Nonato.


O crime



Segundo os autos do inquérito policial, era por volta de 19 horas do dia 6 de junho quando Arthur foi assassinado na frente do ´Bar do Moésio´. Antes, teria surgido uma discussão por motivos banais e os três acusados saíram dali em um veículo Gol, simulando que não mais retornariam e que os ânimos haviam serenados. Arthur continuou no local acompanhado de amigos. Minutos depois, os três homens voltaram, agora em duas motos.

Arthur foi surpreendido e recebeu o primeiro tiro no peito. Mesmo ferido, ele tentou se arrastar até o interior do bar e recebeu um segundo disparo na cabeça, por trás. Em seguida, foram detonados mais tiros. Vendo Arthur agonizante, ´Jone´ se aproximou e desferiu vários socos no rosto da vítima. Depois disso, os três fugiram da cidade.

No dia 23 de junho, o promotor de Justiça Raimundo Magalhães Dantas Júnior solicitou ao juiz a devolução dos autos do processo à Polícia para que seja esclarecido se realmente o assassino agiu em companhia dos outros acusados. O promotor afirma que há uma "incerteza" quanto à participação dos outros dois homens na morte de Arthur Neto.

No documento enviado ao juiz, em que solicitou novas investigações, o promotor quer também que seja esclarecida a razão de o destacamento policial daquela cidade ter pedido reforço momentos antes da execução do filho do prefeito.


Arma



Outra dúvida ainda não esclarecida, segundo o promotor, diz respeito a um revólver encontrado no local do crime após a fuga dos criminosos. Policiais militares que atenderam à ocorrência terão que depor novamente.


postado por FAGNER CRUZ

FONTE: DN (FERNANDO RIBEIRO/EDITOR DE POLÍCIA)
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