quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Único Hospital do Cariré Poderá ser Fechado

Único Hospital do Cariré Poderá ser Fechado



Hospital Cariré (foto Wilson Gomes)


A população deste município está assustada com a notícia de que o único hospital da cidade, o Ana Celestino Rodrigues, está prestes a fechar. O motivo, segundo a direção do hospital, que é mantido pela Liga de Proteção à Maternidade e à Infância, conveniado com Sistema Único de Saúde (SUS), é por falta de dinheiro.


Além de atender à população de Cariré, o hospital, com 35 anos de fundação, também atende a pacientes de outros municípios. Antes, o atendimento médio mensal nos casos de internação era de 100 a 120 pessoas. Hoje, segundo a direção, não chega a 10% desse total. "Estamos com dificuldades de manter o hospital funcionando por falta de recursos. O município não repassa a verba destinada ao hospital desde agosto último, o que tem dificultado o seu funcionamento. Estamos em débito com funcionários e fornecedores. Se a situação não melhorar iremos fechar a unidade", disse Ana Fátima Soares, diretora administrativa do local.


O secretário de Saúde do município, Franscisco Rosimiro Guimarães, justifica alegando que o município tem honrado seus compromissos com o hospital. Ele atribui as dificuldades à queda no número de internamentos. "Hoje, o paciente chega às Unidades Básicas de Saúde para se receitar e como não é caso de internação ele volta para casa", disse o secretário.


A dona de casa Maria Albertina Miranda de Sousa teme pelo fechamento da unidade. "Fechar este hospital é lamentável. Como é que vai ficar a nossa situação? Como encaminhar para Sobral, se a situação lá também está difícil", disse.


Guimarães assegura que mesmo com o fechamento do hospital, a população não ficará sem assistência. "O município já está providenciando a construção de um complexo que, nesse momento, estamos denominando de Hospital Geral da Saúde, onde iremos disponibilizar atendimento de urgência e emergência e os casos mais graves serão encaminhados para Santa Casa em Sobral". Ele acrescentou que, em 45 dias, o prédio estará em pleno funcionamento.


O agricultor Francisco de Assis Neto, 45 anos, é uma dessas pessoas que tem procurado atendimento no hospital da cidade. Ele teme que o pior possa acontecer. "Moro na zona rural e quando preciso de atendimento médico recorro ao hospital. Não sei como será daqui pra frente caso tenha que ser encaminhado para Sobral".


O diretor geral do unidade, o médico Narcélio Rodrigues Pontes, vê o fechamento do local como uma questão política. "Neste País, saúde pública nunca foi prioridade, isso é histórico, não é de agora. Como nosso hospital é filantrópico e depende 100% de recursos do SUS, estamos sempre numa situação difícil de ordem financeira, principalmente agora em que Prefeitura se recusa a fazer o repasse da verba destinado à unidade".


Recentemente, o hospital recebeu a inspeção do Núcleo de Vigilância Sanitária (Nuvis) da Secretária de Saúde do Estado (Sesa) que apontou irregularidades encontradas no local. O relatório, assinado pelas inspetoras Maria Virma Machado Pinheiro e Irene Uchoa Machado, concluiu que a unidade apresenta várias "não conformidades" para os quais deverão ser desenvolvidas estratégias de ação a curto prazo para saná-las". Cita que a lavanderia hospitalar e o centro de material não oferecia condições de funcionamento. Os setores foram fechados.



postado por FAGNER C VASCONCELOS
FONTE: DN

Um comentário:

  1. esse prefeito e ladão por isso a cidade esta assim o dinheiro por hospital foi gasto em campanha politica por falta de informação a população ainda elege este corrupto por mais quatro anos

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