segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Governo Estima 150mil Mortes no Haiti. Enquanto isso Brasil e EUA Divergem Sobre Comando da Missão

Entre as 150mil Mortes, Brasil e EUA Divergem Sobre Comando da Missão no Haiti




[caption id="attachment_5844" align="aligncenter" width="300" caption="BEL DAN PA DI ZANMI "Dentes bonitos não significam que ele seja seu amigo" (Provérbio Haitiano)"][/caption]


A ministra haitiana das Comunicações, Marie-Laurence Jocelyn Lassegue, confirmou, ontem, que o número de mortos na tragédia do último dia 12 já atingiu a cifra dos 150 mil, na área metropolitana da capital Porto Príncipe.


A estatística citada por Lassegue não inclui, portanto, cidades vizinhas como Jacmel, também afetadas pelo terremoto, e onde se acredita haver outros milhares de corpos.

Enquanto isso...


O primeiro encontro oficial entre tropas brasileiras e americanas no Haiti deu o tom do clima de divergência entre as duas partes. Sobraram trocas de recados. O general brasileiro Floriano Peixoto Vieira Neto, chefe militar da missão da ONU no país, reforçou que a ajuda aos haitianos - incluindo a segurança - é liderada pela Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (Minustah), cujo maior contingente é do Brasil. “Cada parte é muito bem definida, por meio de protocolo de entendimento, assinado pelas duas partes, o que nós faremos aqui”, afirmou.


Ao seu lado, o general Ken Keen, que lidera as forças dos EUA, deixou claro que não há subordinação à ONU e avisou que não há prazo para deixar o país. “O presidente Barack Obama nos mandou para cá para dar assistência ao governo do Haiti e estaremos aqui até quando eles precisarem”, afirmou. Questionado sobre as pretensões dos EUA em assumir a segurança, Keen foi enfático: “Isso é ridículo.” Segundo ele, há 3,7 mil soldados americanos em terra hoje no Haiti. Oficialmente, cabe aos EUA apenas a tarefa de ajuda humanitária.


Os militares dos dois países se juntaram ontem para distribuir 13 toneladas de comida e 15 mil litros de água em Cité Soleil, região mais pobre da capital. Entre os soldados de cada país, poucas palavras. Os americanos não falavam português, e a maioria dos brasileiros apenas arriscava algumas palavras em inglês. O general Floriano Peixoto percorreu a favela com o colega Ken Keen. Abordados pelos jornalistas, buscaram a cordialidade, mas não conseguiram disfarçar a divergência de conceito hierárquico na ação no Haiti. Uma jornalista questionou o general Floriano, na presença de Keen, sobre a polêmica em torno da segurança. Peixoto irritou-se, lembrou que há um acordo de tarefas e posicionou-se: “Eu sou o responsável pela parte militar da Minustah.” Em seguida, tentou amenizar a crise diplomática: “O relacionamento é extremamente positivo.




postado por FAGNER CRUZ
FONTE: textos condensados do Diário do Nordeste
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